segunda-feira, 31 de maio de 2010

My Cartoon

Aqui está um dos meu desenhos. Fiz este há alguns anos inspirado em meu sobrinho que é viciado em jogos de computador e se deixar... ha ha ha.

Quis registrar aquele momento de uma forma cômica. Acho que consegui.

sábado, 29 de maio de 2010

BEM TE VI!... BEM TE VI!

[English]

"BEM TE VI!... BEM TE VI!"

Esse é o som que costumamos ouvir todas as manhãs aqui em casa. O casal de bem-te-vis que reside num poste de energia elétrica aqui em frente anuncia dessa maneira manhãs recheadas de coisas boas. Pelo menos, é o que diz minha mãe, que fica maravilhada ao vê-los fazendo o nosso portão de ferro desgastado de poleiro. Todas as manhãs, é possível ver um deles no portão. Não sei bem se é a fêmea ou o macho, só sei que estão lá "batendo cartão".

Ultimamente eles andam meio porquinhos, sabe. O poleiro anda sujo. Ah! Obrigado, bem-te-vis por acrescentar mais uma tarefa diária: limpar coco de passarinho...ha ha ha. Adoro!

Às vezes, perco algum tempo sim, quando posso, para observá-los em seu habitat urbano. Me perco acompanhando a rotina do casal, vendo-os alimentar seus filhotes já grandinhos, com as plumas nas cores definitivas do bem-te-vi adulto, voando ao redor do ninho, vigiando-os dos telhados vizinhos e espantando as ameças em potencial: em geral, outras aves. É uma situação muito comum vê-los defender sua prole, atacando os invasores. Eu me divirto com isso porque eles são muito barulhentos e ousados.
O Funcionário da Telefônica
Outro dia, um funcionário da empresa de telefonia precisou subir no poste para fazer a instalação de uma linha. Os bem-te-vis estavam afastados, como de costume pousados nos telhados vizinhos, observando o homem subir. O homem aproveitou para ver os filhotes, enfiando a mão no ninho e retirando um deles. Eram dois. Foi então que pude vê-los pela primeira vez. Até então não era possível porque eu não tinha como subir no poste - e mesmo que tivesse, não subiria só para vê-los, essa é a verdade. Os pais atentos ao que o homem fazia, permaneciam em suas posições, emitindo sons que mais pareciam dizer: "Sai daí! Sai daí!". De repente, o casal de bem-te-vis começou a sobrevoar o funcionário intrometido. Davam voos rasantes sobre a cabeça do homem, gritando e querendo bicá-lo, depois pousavam em um dos fios de alta tensão e recomeçavam as agressivas investidas aéreas. O homem tinha que terminar logo o que viera fazer, porque os pássaros pareciam lhe tirar a atenção. Ora, se o homem se distraísse um momento que fosse, os bem-te-vis vinham e lhe bicavam o cocoruto.

O funcionário demonstrou, contudo, não se importar com os ataques dos bem-te-vis. Ele observava seus movimentos, enquanto fazia seu trabalho, escorado no poste, mexendo nos fios telefônicos, bem próximo ao ninho. Pela maneira que ele pegou os filhotes, com que lidava com os pássaros voando ao seu redor, parecia que ele também era um admirador daquelas pequenas aves. O homem terminou seu serviço, desceu do posto e despediu-se deles. com afeto. Os pais dedicados e protetores voltaram ao ninho para ver se tudo estava bem com os filhotes.
O Gato
Sempre tivemos como vizinhos os tais bem-te-vis, mas eles nunca viveram tão perto assim. De uns meses para cá, eles se estabeleceram definitivamente no poste, no telhado da casa da vizinha e em outros pontos mais próximos. Sempre me brindando com cenas, no mínimo engraçadas.

Na semana passada, eu tinha acabado de acordar. Levantei, me espreguicei e, como de costume, abri a janela para ver a luz do sol. Era um dia agradável, devo acrescentar. Somente se podia ouvir os cânticos entoados pelos passarinhos: rolinhas, assanhaços e, claro, bem-te-vis.

O estado de transe em que eu me encontrava foi logo interrompido pelas risadas da vizinha da casa da frente, lá do alto de sua varanda. Ela se acabava de rir. Parecia achar graça de algo que acontecia lá em baixo. Era um gato.

Ele era grande, tinha o pelo tingido de preto nas costas e nas patas dianteiras. As patas traseiras e a barriga eram brancas. Tinha uma cara enorme, redonda. Há muito tempo não apareciam gatos por essas bandas. Ele parecia assustado.

A moça olhava atentamente na direção do bichano, se divertindo com a cena e aquilo tinha me despertado. O gato se movia furtivamente, se afastando aos poucos da frente de nossas casas. A moça continuava rindo da varanda, enquanto aguardava alguma coisa. Eu, da abertura quadrada de minha janela, tentava identificar do que tudo isso se tratava. De súbito a moça grita, "Lá vem!". E eu fui procurar o que estava vindo. Não via nada.

"Eita!", exclamou. Quando me virei para ver o gato, o coitado estava agachado, colado no chão, com a mesma cara de assustado. A razão? Advinha: os bem-te-vis! Eles estavam enxotando o felino. À medida que ele se deslocava, os pássaros desciam sobre ele, com seus voos rasantes, kamikases, quase tirando um pedaço de seu couro. Comecei a rir.

"Que passarinhos ousados!", falei para mim mesmo. Esse comportamento natural das avezinhas fez o meu dia. Não nego que desejava ter visto o gato levando umas boas bicadas, mas enfim ele conseguiu se livrar dos danadinhos. Fazer o quê?

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Nonsense Dream

Numa noite de outubro de 2008, eu estava deitado na cama, estudando. De repente, acabei adormecendo. Depois de um tempo, percebi um rebuliço pela casa e fui ver: minha família se preparava para sair.
Embora houvesse muito barulho na casa, meu sobrinho de nove anos que dormia tranquilamente no quarto ao lado. Como eu que não queria sair, resolvi voltar para a cama. Porém, eu já não conseguia mais dormir. Fiquei então rondando pela casa, já que também estava sem paciência para estudar.
“Vou ver o que tem na televisão”, pensei. Sentei no chão da sala para assistir a um filme que passava no “Corujão” e lá acabei adormecendo novamente. O chão estava frio, mas mesmo assim, deitei. A temperatura me fez recordar um hábito que eu tinha quando criança: deitar após o almoço num pequeno espaço entre a porta que dava acesso ao quintal da casa.
Entre um cochilo e outro, percebi que estava do lado de fora da casa. Não me pergunte como. Até hoje estou tentando descobrir. Seria sonambulismo? Sei lá, pode ser. Meu sobrinho que estava de pé diante de mim, me observava – “Ele não estava dormindo?”, pensei. A corrente de ar frio fez logo efeito e senti aquela irritação no nariz, aquela sensação de entupimento. A sensação era muito incômoda e por isso, eu comecei a pressionar o dedo contra a narina para tentar desentupí-lo.
Estranhamente, uma bolha começou a se formar. Crescendo... crescendo... E logo se desprendeu do meu nariz. Era tão grande que media da cabeça à barriga do meu sobrinho. A bolha então seguiu, deslocada pelo vento, até parar diante dos olhos atentos do menino e estourar...POP! O rosto dele ficou todo melecado. Coitado.
Diante dessa situação inusitada, eu não aguentei e começei a rir incontrolavelmente. Acordei com minhas próprias gargalhadas. Que sonho!
No fim de tudo isso, me lembrei de uma cena em que o personagem Seth (Nicholas Cage), anjo da guarda aspirante a ser humano, no filme City of Angels do diretor Brad Silberling, explica à médica porque os seres humanos choram:
“Maybe emotion becomes so intense your body just can’t contain it. Your mind and your feelings become too powerful your body weeps”. - A tradução: Talvez a emoção se torne tão intensa que seu corpo não consegue contê-la. Sua mente e seus sentimentos se tornam fortes demais que seu corpo chora…

Bom, nesse caso, foram os risos.

As palavras às vezes são uma terapia

Muitas vezes me dedico a este exercício difícil que é o de expressar emoções através das palavras, especialmente quando estamos reunidos eu, eu mesmo e HAM. Embora difícil, há instantes em que elas parecem saltar ao papel ou à tela do computador com facilidade. Me faz muito bem, eu aprendi isso há alguns anos.

Foi dessa maneira que surgiu esse poema em inglês. No dia 04/10/09, me deu vontade de "brincar com as palavras" e quando me dei conta tinha ficado assim:


What’s left for me?


Deeply I was hurt
By the deeds and words
of the one I love.

I’m into a maze
I can't say
from right or wrong
Therefore I been forced
to eternally roam

My soul's turned to dust
For in my love I no longer trust
My heart's bleeding out
And my hope's gone now
What’s left for me?

O Blog do HAM

Este blog foi pensando como um espaço de livre exercício do meu olhar sobre o cotidiano, formado por mundos distintos, porém interligados pela palavra. É no mais, um espaço idealizado para meu o desabafo, meus comentários, críticas sobre os mais diversos assuntos que despertam o meu interesse, minhas experiências e minhas estórias...


This blog has been thought as a space for free exercise of my look upon the everyday matters formed by distinguished worlds, but interlaced by the word. In addition, it is a space idealized for my taking out emotions, expressing my comments, and critics on the most diverse subjects related to my interest, my experiences and stories...