quarta-feira, 22 de junho de 2011

Simon Tofield, o artista por trás do "Simon's Cat"


Quem nunca viu a série de curtas publicados no You Tube de um dos felinos mais travessos já criados, o "Simon's Cat", deveria assitir. O que me chamou atenção quando vi os vídeos pela primeira foi a fiel reprodução dos movimentos e hábitos de um gato que o cartunista britânico, Simon Tofield, 38 anos, consegiu tão sensivelmente captar e animar. Logo, pensei: esse desenhista ou tem um gato ou já teve um. É preciso conhecer o animal em seu íntimo.

Assista este vídeo com a entrevista de Simon Tofield e em seguida, um dos melhores curtas criados pelo cartunista.

SIMON'S CAT - TV "DINNER"
20.483.548 de acessos até o momento desta postagem!

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Arte da Guerra e Invasão da Mangueira: Burrice, Estratégia Militar ou Conivência?

Isso acontece no Brasil...
Telejornal "Bom Dia Brasil", Rede Globo (por volta das 8:00 a.m.):
Com direito a auxílio de uma ilustração virtual, o comentarista sobre segurança, convidadado da emissora, Rodrigo Pimentel, explica como será realizada a invasão do Morro da Mangueira, que ocorrerá neste domingo, dia 19/06/11.

Mapas via satélites delimitando a área da Mangueira, indicações de pontos de incursão, como os "caveirões" se posicionarão, uso de helicópteros, quem está na linha de frente (Bope), quem vem depois (policiais civis e o exército) e o que eles farão... são essas informações veiculadas por uma das maiores emissores de televisão do Brasil sobre as estratégias a serem utilizadas para a tomada do Morro e apreensão de drogas e armas, bem como prender bandidos e traficantes de um dos maiores grupos que se instalara na região.

Estou confuso. Eis a minha dúvida: isso é burrice, estrátégia militar ou conivência?
Não entendo como uma das maiores emissoras do Brasil, vem a público com uma reportagem (?) que anuncia data e hora de uma ação militar, transmitindo informações táticas para todo o Brasil. Quem são os responsáveis por isso?

Não sou perito em ações militares nem estrategista. Mas, eu leio e penso. Não precisa ir longe, livros de histórias, revistas especializadas, documentários, a internet, todas essas fontes estão repletas de relatos acerca de inúmeras ações militares ocorridas em toda a parte do mundo. Assisti, há algumas semanas, um episódio da série "Batalhas Lendárias" no canal History Channel sobre a Batalha de Jericó. Segundo a Bíblia Sagrada, essa batalha ocorreu por volta de 1315 a.C. ou 1210 a.C em Canaã, onde, após sete dias de cerco, Josué e seu exército conquistaram a cidade de Jericó, "derrubando os muros da cidade".


No documentário, especialistas analisam informações bíblicas e comentam o que poderia ou não ter acontecido de fato. Contudo, o que realmente importa, como se pode ver no vídeo abaixo, é que este é um dentre inúmeros exemplos de sucesso de ações militares. Na Segunda Guerra Mundial, os EUA entraram na guerra devido a um "ataque surpresa" de avões japoneses à base de Pearl Harbor. Não vem ao caso agora, o boato (ou fato) de que os EUA sabiam ou não deste ataque de antemão (haja visto a existência de depoimentos, gravações e documentos que indicam isso), o fato é que, apesar de tudo, o ataque japonês foi de fato uma enorme e infeliz surpresa para muitos norteamericanos lá presentes. Dá até uma sensação de desconforto, ao se ver no meio de Pearl Harbor nos minutos inciais do ataque ao jogar o game MEDAL OF HONOR - PACIFIC ASSAULT (versão PC) que tem como pano de fundo essa data histórica.

Todos os grandes exércitos de todas as civilizações tiveram e ainda têm equipes bem treinadas para incursões sigilosas. Sigilo e discrição são fundamentais para enfraquecer o inimigo. E por falar nisso, onde está a discrição, por parte do governo do Rio, ao deixar bem claro o quê e como vão fazer numa rede de televisão, para todos os telespectadores? A intençao é informar? Quem exatamente? A intenção é "informar" ou "avisar"? Quem?  - pergunto eu mais uma vez.

Em minha opinião, este "circo" televisionado poderia ser lido da seguinte forma:
"Traficantes! Vocês têm três dias para sairem! Não queremos prender ninguém! Repito: ninguém!"
"Levem o 'grosso'. Deixem só algumas armas, drogas etc. para a gente 'mostrar' serviço!"
"Vocês vão, depois que a poeira baixar, vocês voltam!"
"É no domingo, hein? Vamos entrar no domingo, prestem atenção! Entenderam?"

Sun Tze deve estar se contorcendo todo no limbo, vendo essa "arte" da guerra.


LINKS RELACIONADOS:
http://www.portaldoholanda.com/noticia/43081-pm-deve-ocupar-mangueira-no-domingo-para-nova-upp

http://correiodobrasil.com.br/morro-da-mangueira-ganhara-18%C2%AA-upp-do-rio/247125/

http://jovempan.uol.com.br/noticias/2011/06/forcas-armadas-ajudarao-na-ocupacao-da-mangueira.html
http://www.pco.org.br/conoticias/ler_materia.php?mat=29417 

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Dia de Chuva em Salvador!

"It's a rainy day till the sun still shines....
It's a rainy day-ay-ay-yeahhh..."

Que frio! Que chuva hoje madrugada afora!

Link da imagem:

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Só o "Superman" salva a educação pública dos EUA


"Nossas crianças têm um sonho. Mas nossas escolas estão falhando com elas."
- frase do trailer 

"Ou nossas crianças estão enburrecendo ou há algum problema em nosso sistema educacional"
 - Geoffrey Canada

Amo filmes. Existem uns com os quais me identifico muito; outros, nem tanto. Desde que comecei a lecionar, filmes cuja temática é educação, seja sobre a lida do(a) professor(a) ou sobre o aluno com alguma dificuldade de aprendizagem, têm me tocado bastante.

O clássico Ao Mestre com Carinho (1967), jovens incosequentes aprendem a agir como adultos responsáveis. Em Sociedade dos Poetas Mortos (1989), um professor com métodos não-tradicionais ensina os alunos e terem opinião própria e perseguirem seus sonhos. No divertido Escola de Rock (2003), o professor substituto aprende a valorizar e extrair o potencial de cada um de seus alunos através do trabalho em equipe. Em O Sorriso de Monalisa (2003), numa escola que prepara garotas para serem futuras donas-de-casa, uma professora de artes ensina que elas podem mais do que esquentar a barriga no fogão, elas podem ir para a universidade. No motivante Escritores da Liberdade (2007), um professora recem-chegada sacrifica sua vida pessoal para transformar a realidade de seus alunos através da leitura. No indiano "Taare Zameen Par", Como Estrelas na Terra - Toda Criança É Especial (2007), a sensibilidade de um único professor transforma não só a vida de um aluno disléxico, mas toda a escola. Estas são obras cinematográficas que abordam essencialmente como a educação significativa transforma a vida das pessoas. Finalmente em Escola da Vida (2008), Ryan Reynalds (O Dono da Festa, Blade Trinity) é um professor de História faz de suas aulas momentos divertidos inesquecíveis, ensinando mais do que simplemente datas, nomes e acontecimentos.

Hoje, meus caros leitores, recomendo mais um para acrescentar à lista de filmes obrigatórios para educadores, um documentário premediado no Sundance Film Festival,  Esperando pelo "Superhomem" (Waiting for "Superman", 2010).

FICHA TÉCNICA
Título Original: Waiting for "Superman"
Direção: Davis Guggenheim (de "Uma Verdade Incoveniente")
Gênero: Documentário
Tempo de Duração: 111 min
Ano de Lançamento: 2010

Sinopse: O documentário é centrado na crise da educação pública nos Estados Unidos. A história é contada através de várias histórias interligadas a partir de muitos alunos e suas famílias. Os educadores procuram uma solução dentro de um sistema problemático.




Coisas que você precisa saber sobre a vida na faculdade (por Matt Groening)

"Life in graduate school (from School is Hell, copyright Matt Groening)."

Matt Groening, o pai dos Simpsons, ensina tudo o que é preciso saber sobre essa loucura que é a vida acadêmica.

A vida imita a arte ou a ate imita a vida?...kkkkkkkkkkk

Fonte desta imagem:

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Homenagem da Vivo: "Eduardo e Mônica - O filme"


*Publicado em07/06/11 no Youtube.


"Há 25 anos, o casal mais famoso da nossa música era apresentado pela primeira vez ao país. Essa é uma homenagem da Vivo a todos os Educardos e Mônicas de um Brasil cada vez amis conectado."


FICHA TÉCNICA
A história de amor mais cantada do Brasil virou filme.
Direção: Nando Olival
Produção: O2 Filmes / Criação: Agência Africa /
Realização: Vivo

terça-feira, 7 de junho de 2011

"Bumblebeeeeeeeeeeeeeee!"...



"DC Police Chevy Suburban responding to emergency call somehow gets inside a closed set and has a collision with the Bumblebee Camaro being used to film the Transformers 3 movie. This was not in the script or part of the movie."

Respondendo a um chamado de emergência, a Chevy Suburban do Departamento de Polícia de Washington invade o set de filmagem de Transformers 3 e colide com o Camaro Bumblebee usado no filme. Isto não estava no script or era parte do filme.

Comentário do autor do post:
Diz-se que, de algum lugar do set, ouviu-se Shia Lebouf (Sam Witwicky) berrar insandecido "Bumblebeeeeeeeeeeeeeee!"...: D

A banalização da violência e os defensores da lei

Neste trecho transcrito de um vídeo publicado no YouTube, em que Alexandre Garcia comenta sobre a violência no Brasil, há um trecho em sua fala que me chama atenção. Assim, ele diz:

"[...] No Brasil, nos matamos à razão de 50 mil por ano. Talvez por sermos campeões mundiais de homicídios, isso ficou banal e não nos escandalizamos o suficiente para mudar quando arrastam um menino nas ruas do Rio ou quando um jovem , que quer sera dvogado, acelera o carro sobre um frentista recém atropelado por ele em Ribeirão Preto. O jovem tinha seis frascos de lança-perfume no carro e ainda está nas ruas. Enquanto isso, ficou sete meses na cadeia, um catador de papel que abriu num supermercado uma garrafa de cachaça de $1,50 para beber. Foi solto agora, no mesmo dia em que reassumiu a prefeitura de Pirambú, o prefeito acsado de levar 3 milhões do município."

Parece que as pessoas não ligam mais para quão brutal seja um ato de violência. Prova disso, é o fato de religiosamente a maioria dos baianos se reunirem no horário do almoço para assistir ao circo de horror televisionado transmitido por programas do gênero Na Mira, Se Liga Bocão, Que Venha O Povo.

Há também um outro vídeo, publicado na rede em 2007, no qual o jornalista faz o seguinte desabafo. Eis a transcrição na íntegra para que vocês entendam aonde quero chegar.

"RENATO MACHADO: Alexandre, mais uma promessa aniga essa de mudar a legislação...

ALEXANDRE GARCIA: É. E os fatos mostram, Renato, que essas intenções duram três semanas e depois, são substituídas pelos interesses da coorporação política. E a gora, o horror das ruas corre o risco de ser substituído pela preservação do fundo partidário para os grandes partidos por exemplo.

O que aconteceu ontem no Maracanã é bem simbólico: fez-se um minuto de silêncio e depois, o jogo continuou. Há dez anos se fala nisso, quando menores de idade mataram o índio Galdino numa fogueira de alcool na capital. Alguns dizem que agora chegou o fundo do poço. Engano: o fundo do poço já está muito acima de nós! Já banalizamos a morte e o horror. Fomos além do fundo poço quando torturaram e mataram a fogo o Jornalista Tim Lopes, no Rio, há cinco anos.

E aí o país ouviu as autoridades falando de endurecer as leis. Ouvimos de novo em 2003, quando a menina Gabriela, de 14 anos, foi morta a tiros na escadaria do metrô na Tijuca no Rio de Janeiro. E, de novo, ouvimos quando um menor chefiou um trucidamento de um casal de adolescentes no Umbubi em São Paulo. Nos Ataques no Rio o resultado foi uma parada militar garbosa da força nacional de segurança pública. Depois que mataram João Hélio, um pai que foi morto diante do filho em assalto no Rio e outro pai foi morto por assaltante diante da filha na garupa de sua moto em São Paulo. É diário o crime. E a reação dura um minuto de silêncio e o jogo continua.

Não se combatem coisas concretas, combatem-se abstrações. Combate-se a violência e não o bandido. Pede-se paz e não a lei. Parece que falar em lei não pega. Diz-se que tolerância zero não faz bem ao espírito tropical.

No improviso de posse, o presidente Lula falou em degradação social pela perda de valores que precisa ser resolvido a partir de casa. Disse que o crime precisa ser compbatido com a mão forte do Estado.

Parece que o Brasil, fingiu não ouvir o que continuava passando no sinal fechado, estacionando na calçada, jogando lixo no chão, fazendo barulho pro vizinho, sonegando, desrespeitando a faixa de pedestre, em suma, enfraquecendo a lei que quer que o proteja. Aqui não a cultura de cada um é defensor da lei e a lei fica desamparada. Aí vai se contornando o problema, enquanto ele nos domina. Palavrório substitui ação. Crime virou CRIMINALIDADE dando mais tempo para o bandido enquanto se pronuncia o palavrão para inflar a estatística do horror."

Em ambos os textos, o jornalista fala de banalização da violência a ponto de não nos "escandalizarmos" mais, não esboçarmos nenhuma reação diante do horror; do fato de mesmo quando damos atenção aos atos de violência, ela não dura tanto tempo porque fala-se demais e nada é feito de concreto. Há trecho, em que Alexandre Garcia diz "Aqui não existe a cultura de que cada um é defensor da lei". É justamente como eu penso. Todos querem segurança, mas ninguém se sente responsável por ela.

Os defensores da lei

Em meu post A impunidade é segura, quando a cumplicidade é geral, publicado aqui dia 27/04/11, eu falava exatamente dessa questão. Se todos nós, membros de comunidades, compreendessemos que somos NÓS e não só OS OUTROS, os responsáveis pela garantia dos próprios direitos, direitos esses que tanto reivindicamos, que tanto cobramos do Estado; se compreendessemos também que somos NÓS e não só OS OUTROS, os responsáveis pela manutenção da natureza pacífica e familiar de nossas comunidades, com o poder de extirpar o horror causado pela banalidade da violência, pelo aumento do consumo de drogas por jovens, pela ausência ou ineficiência de políticas públicas nas áreas de segurança, saúde e educação por exemplo, a realidade seria completamente diferente do que é hoje. Vivemos o CAOS e a ORDEM não pode vir de apenas uma pessoa, uma vez que todos desempenham papeis, funções no meio social, numa comunidade. Não existe isso de olhar somente para o meu umbigo e o resto que se dane. Quando se tem essa atitude, o caos se estabelece. Se o gato dormir ou for embora, o rato "faz a festa".

O horror na praia que poderia ter sido evitado

Nesse sentido, creio que muitos, assim como eu, temos vistos a crescendo degradação social de alguns bairros outrora tranquilos aqui em Salvador, Bahia. É uma pena, uma vergonha, porém, uma vez que os membros das prórprias comunidades são permissivos e condecentes com o que não é bom para um ambiente frequentado por pais, mães, filhos e filhas, por idosos, crianças, adolescentes, estudantes. Itapuã, por exemplo já foi um local familiar, muito bom de se estar com a família, com a esposa, namorada para curtir uma noite à beira-mar. Hoje em dia, prostuição, drogas, assaltos, assédio de ambulantes, pedintes, barulho e bebedeira, cartel de segurança privada, tem de tudo lá.

No sábado, uma morte poderia ter sido evitada, se todos que ali estavam tivessem a compreensão de que são defensores da lei. Todos viram o assassino, um policial, que cheirava cocaína no cano da arma que tinha com ele no meio da praia às 10 horas da manhã. Todos viram, mas ninguém tomou providência. O posto da 12a ficava a pouquíssimos metros de onde o assassinato covarde aconteceu. O policial de 25 anos, que cheirava cocaína no cano da arma fora repreendido por um funcionário da barraca de praia porque ele estava incomodando a paz do local, mexendo com as pessoas. O policial não gostou, sacou a arma e deu três tiros. O rapaz caiu no chão sem vida. O policial, que afastou-se e deu o tiro de misericórdia, saiu andando e foi beber em outro barzinho perto do local do crime. Todos que o virão consumindo drogas e com a arma na praia são co-responsáveis pela morte do rapaz em minha opinião. Tudo seria diferente se as pessoas não achassem que consumir drogas e andar com armas em público fosse algo banal, normal.

Fonte:
A Tarde, versão impressa publicada em 6/6/11;
http://bocaonews.com.br/index.php?menu=noticia&COD_NOTICIA=13718

domingo, 5 de junho de 2011

How do you say "Estelionatário"?



Inspirado no livro VIPs - Histórias Reais de um Mentiroso de Mariana Caltabiano, o filme VIPs do diretor Toniko Melo, estrelado por Wagner Moura, conta a história de Marcelo Nascimento da Rocha, um vigarista, estelionatário que ficou conhecido o Brasil por ter se passado por Henrique Oliveira, filho do dono da GOL linhas aéreas.

Essa semana, me perguntaram na sala, como era ESTELIONATÁRIO (aquele que obtém, para si ou para outrem, vantagem patrimonial ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo em erro alguém mediante artifício, ardil ou qualquer outro meio fraudulento*) em inglês. Existem muitos sinônimos para o termo, mas selecionei apenas alguns classificando-os quanto à linguagem formal, informal e gíria.

Formalmente: swindler ou defrauder.
Informalmente: con man ou con artist
Na Gíria: shark, rougue entre outros.

"A Marcha das Vagabundas"

NOTA DE ESCLARECIMENTO, 19/06/11 (11:42):
O conteúdo do post abaixo reflete a minha opinião quanto às críticas feitas à charge de Alpino no site do Yahoo por internautas, em sua maioria feitas por mulheres e minha indignação sobre a visão depreciativa dada à mulher. Sempre defendi a importância de se consultar diferentes opiniões e fontes de refêrencia ou consulta para obter a informação original a fim de construir uma opinião própria baseada em argumentos e não em achismos. Por isso, não achei necessário, no momento da minha postagem, mencionar tais comentários, poorque havia disponibilizado o link da charge , onde também se encontram inúmeros comentários de internautas, para que os leitores e leitoras deste blog pudessem ir à fonte. Mas, para ajudar a tornar a leitura deste texto mais clara, venho mencionar um comentário que está publicado no site cujo link se encontra ao final deste post:

leila Curitiba - PR - 06.06.2011
Achei, ridículo como o yahoo está tratando a “marcha das vagabundas” no primeiro comentário do site ridicularizaram a ideia, e agora novamente postando charge claramente sexista e obviamente feita por homens. A marcha é um movimento legítimo, cujo nome alías é uma critica para quem não sabe!! Ridicularizar a ideia de que as mulheres podem e devem fazer o que quiserem com o corpo é uma ideia obsoleta e ultrapassada de uma sociedade com um viéz medieval!!"



















"A Marcha das Vagabundas" que aconteceu ontem em São Paulo, é uma versão do "SlutWalk" que as universitárias canadenses fizeram em protesto contra uma declaração feita por um policial que aconselhou as mulheres a não se vestirem como prostitutas a fim de evitar serem atacadas por estupradores.

Quanto à charge, o duplo sentido de Alpino é pesada, sugerindo haver muito mais "vagabundas" além das trezentas que saíram às ruas. Mas no país do "politicamente correto" (a onda do momento) onde se incentiva aluno sem saber ler e escrever direito passar de ano, onde o Ministério da Educação lança cartilha gay e ainda faz piada de beijo lésbico, onde se lança gramática de português preocupada com o "falar errado" como sendo certo, num país onde estudar não dá futuro porque o legal é ser ladrão ou político (dá no mesmo), vendendo drogas ou acorbertando maracutaias (porque só assim se tem dinheiro para comprar roupa de grife, carro, moto etc pois dá-se mais valor à cultura do ter),  principalmente para muitas mulheres (já que a charge pode ser considerada ofensiva), enquanto, muitos jovens querem ser qualquer coisa menos uma pessoa letrada, algumas mulheres não vêem nada de mal em exibir as partes íntimas em danças vulgares em shows, em ensaios fotográficos na TV, em revista e principalmente na rede de computadores.

Pois é assim mesmo. O tratamento dado às mulheres em certas letras de pagode e funk, por exemplo, por mais que digam que são formas de exaltação do ser mulher, nada mais me parece do que a redução da imagem feminina a um "objeto" sexual.  A charge ofende; as letras, as danças e os videoclipes não. Por quê?

Num país onde se encontra essa diversidade de princípios e valores deturpados ao longo de décadas de descaso e de ausência da cultura de pensamento crítico, qualquer crítica feita a essa charge soa no mínimo como hipocrisia.

Fonte:
O autor é Alpino, colunista do Yahoo e a charge é originalmente encontrada em:
http://colunistas.yahoo.net/posts/11430.html